Translate

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Felicidade alheia

Essa semana, eu soube que uma amiga dos tempos de colégio está grávida. Fiquei absurdamente feliz por ela. Afinal, um bebê na família é sempre uma benção. Já estou pensando em mil e um presentes pro herdeiro (a): roupinhas, brinquedos e todas aquelas coisas fofas que nós, adultos, gostamos de comprar pras crianças. Ótima oportunidade de colocar nosso lado criança pra fora, não é mesmo? Que jogue a primeira pedra quem nunca pirou numa loja de brinquedos depois de adulto. Mas não é disso que quero falar. O que me inquietou nessa situação toda foi o simples fato de eu transbordar de felicidade por ela. Afinal, não sou eu que vou ter o bebê, é ela. Quantas vezes você já se sentiu assim, feliz por algo que alguém ganhou ou fez? Sou mestra nessa arte. Confiram as situações.
Sabe aqueles programas de moda e beleza do Discovery H&H? Eu adoro! Principalmente aqueles que transformam mulheres comuns em divas, tipo “10 anos mais jovem”. Não, não estou fazendo apologia à futilidade ou narcisismo, estou falando sobre o amor próprio e respeito que muitas dessas mulheres perderam por inúmeros motivos, e que o pessoal do programa as ajuda a recuperar. Eu vibro quando o resultado final aparece. É lindo de ver os olhos dessas mulheres brilhando depois de tanto tempo vivendo trancafiadas dentro de um mundo cinza.
Uma vez, o maestro Antônio Carlos Martins esteve em minha cidade e fez um espetáculo gratuito. Lógico que eu estava lá, afinal esse senhor é um grande exemplo de vida, não poderia deixar de vê-lo. O espetáculo estava no começo e eu já estava quase chorando. A emoção era muito grande, gente. ACM ali, na minha frente. Mas me contive e continuei assistindo. Em um determinado momento do espetáculo, um menino entrou e cantou divinamente, cheio de carisma e com um sorriso que iluminava o palco. Este menino foi apresentado ao Sr. ACM em uma de suas viagens pelo Brasil. Menino pobre, do interior e que hoje canta nos melhores teatros da Europa. Talento e força de vontade. Lógico que eu fiquei feliz por ele. Afinal, era o sonho do rapaz, viver do seu talento.
Engraçado, todo mundo fala de vergonha alheia. É só passar um tribufu na rua, que todo mundo já começa a sentir a bendita. Mas quando o assunto é a felicidade alheia, poucos são sinceros em demonstrar. Uma coisa é falar “Parabéns, fulano” com uma senhora dor de cotovelo e com cara de quem chupou um quilo de limão; a outra é você vibrar pelo simples fato que o seu conhecido – ou não – se deu bem na vida. Fingir simpatia é fácil, meu caro. Quero ver desenvolver a empatia, afinal, se colocar no lugar do outro é uma arte para poucos.



2 comentários:

  1. Hum...muito bom como sempre...porém faltou uma citação ai da companhia no Coliseu ;)

    ResponderExcluir
  2. Verdade Ju. Quem não fica feliz com a felicidade do outro perde muito dos bons momentos da vida. Eu sou muito feliz pelos momentos de alegria e vitoria dos meus amigos. só tenho que agradecer a Deus pois tenho poucos mas ótimos amigos.

    ResponderExcluir