Translate

sábado, 19 de maio de 2012

O que vai ler hoje?

Sábado. Dia de faxina. Hoje resolvi arrumar meus livros. Tirei pó, arrumei todos por coleção, tema, autor. Separei tudo, mas confesso que esqueci de contar quantos tenho. Mas olhando por cima, devo ter uns 100. De Pablo Neruda a Philip Kotler, de Jorge Amado a Stephen King. Tem em inglês, espanhol. Até um livretinho em latim tinha perdido por lá. Já li muitos, mas tem alguns que ainda não tive tempo pra começar.

Sempre tive paixão por livros. Gosto de sentir a textura do papel, o cheiro da tinta, a espessura da capa, o tipo das letras. Essa paixão vem desde pequena. Lembro que, quando eu tinha uns 8 anos, meu irmão mais novo, com quase 2 anos, rabiscou um livro didático meu. Com canetinha. Fiquei inconsolável. Chorava como se tivessem arrancado um pedaço de mim. Tentei recuperar a página rasurada do jeito que pude, mas não ficou igual. Fiquei realmente triste, porque cuidava muito bem dos meus livros. Todos eles tinham uma bela capa xadrez, com uma etiqueta decorada. Sempre com "colantes" brilhantes dos Looney Tunes.

Dos 10 aos 14 anos, eu li muito Pedro Bandeira. Eu sempre sonhei em ter um grupo de amigos como os Karas e sair por aí solucionando mistérios. Nunca deu certo. Meus amigos não tinham o mesmo espirito de aventura, muitos menos liam Pedro Bandeira. Estavam ocupados ouvindo músicas do N'Sync, Westlife e Backstreet Boys. Eu também gostava de boy bands, mas gostava mais do Pedro Bandeira.

Quando fui pro colegial, minha paixão mudou de nome. Meu amor platônico era conhecido como Holmes, Sherlock Holmes. Esse me acompanhou durante os 3 anos de Ensino Médio. Li todos. Viajava longe. Montava estratégias pra resolver os casos antes de chegar no fim do livro. A bibliotecária da minha antiga escola lembra de mim até hoje. Também pudera, passava a tarde inteira lá dentro. Estudava de manhã e ia pra biblioteca no período da tarde. Era minha segunda casa.

Ah, são tantas histórias. Os livros me proporcionaram momentos maravilhosos. E proporcionam até hoje. Quando leio, eu me transporto totalmente. Fico mais que concentrada. Entro em alfa. Em transe. Viajo longe. 

Devo minha personalidade, meu raciocínio lógico e meu senso crítico aos momentos prazerosos de leitura que tive desde cedo. Eles me formaram como pessoa. Tudo que li, influencia de alguma forma como sou hoje. Meu pai sempre me incentivou e sou eternamente grata por isso. Tenho uma coleção de literatura brasileira que ele montou pra mim quando eu tinha uns 10 anos. Confesso que não tinha maturidade pra ler livros pesados como Primo Basílio, mas me lembro até hoje do meu pai falando: "Um dia ela vai ler. Um dia ela vai precisar desses livros". Sábio papai. Guardo essa coleção com a minha vida. É uma das recordações mais queridas que tenho do meu paizinho.

Bom, vou ficando por aqui. Afinal, tenho uma pilha de livros pra ler. O de hoje vai ser o "Coisas da Vida" da minha querida Martha Medeiros. E você, o que vai ler hoje?

2 comentários:

  1. JU, eu amo, adoro ler. Ler é muuuito bom. De pequena meu castigo era minha mãe guardar o livro que eu estava lendo, choro na certa. Pode??? continuo devorando livros. já tive minha fase monteiro lobato, agatha cristie, nora roberts, agora estou mais eclética. por um tempo fui sócia de uma locadora de livros, pena que fechou. agora estou lendo um livro do Ernesto Paglia, sobre suas viagens como reporte do JN. muito bom.

    ResponderExcluir
  2. Uau, Rose! Bom saber da sua paixão por livros. Podemos marcar um dia de ir numa boa livraria e tomar um café :) Bem que poderia ter uma livraria aqui em Santos bem grande e charmosa como a Livraria Cultura do Conj. Nacional da Paulista, né?! Vontade de morar naquele lugar! Adoro!

    ResponderExcluir